Wednesday, October 31, 2007

Luiz Carlos Setim, deputado do Paraná, bebe leite para provar que o produto não oferece risco. Meo! E daí, bicho??!! A gente tá bebendo esse leite sabe-se-deus-há-quanto-tempo e esse cara acha que beber esse golinho aí vai fazer o povo dizer "Ahhhhhhhhh bom! Uffa! Me vê um Nescau geladinho então!"?????? Vai saber se ele não está - e todos estamos - desenvolvendo neste exato momento, em seu estômago, um ser mutante originado da mistura de água oxigenada, soda cáustica e carboidrato, que a qualquer momento vai sair pelo umbigo e dominar a população inteira????? Ham????? Vai que essa mistura é o motivo pelo qual eu engordo desenfreadamente? Tá, eu sei que o carboidrato é o mais provável motivo para isso, mas vai saber!!??



"Alguém vai pagar muito caro por isso... urgh"
O Kassab quer limpar todos os estúdios de tatuagem de São Paulo a partir de 2008. Isso porque, segundo ele, as pessoas tatuadas, "de acordo com pesquisas", tendem a ser mais agressivas. Belo jeito de resolver o problema da violência na cidade... ê laiá... desse jeito, até eu.

Tuesday, October 30, 2007

E essas coisas são assim. Bombas da moda. Quando descobrem que uma empresa coloca água oxigenada no leite pra prolongar a vida do leite e dar mais volume, aparecem trocentas notícias sobre várias empresas, como se algum detetive foda desmascarasse todas as empresas de uma só vez. Um avião cai e mata 200 pessoas, pronto, nos próximos dias muitos outros cairão e estarão lá, estampados nas capas dos jornais e homes dos portais de notícias. Praticamente o apocalipse now. Se um avião calhar de cair, melhor ficar em um abrigo nuclear, afinal, uma tempestade de boings se aproxima. E com essas e com outras, a gente fica esperando a catástrofe da vez enquanto o nosso prazo de validade expira.
Puta que o pariu, viu! Primeiro é leite com soda cáustica e água oxigenada, agora é mussarela vencida. Só falta encontrarem alguma irregularidade no pão e lá se vai o meu café da manhã! Ô gente safada!

Monday, October 29, 2007

A melindrosa e o gangster.


Friday, October 26, 2007

Estou pasma. Ou melhor, bege!

Thursday, October 25, 2007

Bem legal. Vídeo de uma turma de Publicidade da faculdade Serra da Cantareira - SP. Vale a pena ver o "Agronomia" também, das mesmas figuras.

Eu não sabia da existência de um aparelho chamado Pedômetro. Por encontrar o dito cujo em um site de uma loja de presentes masculinos, e justamente por estar entre mini máquinas de cachorro quente portáteis, mini coolers para não levantar a bunda do sofá pra pegar a cerveja, e outras coisas bastante utéis principalmente para homens, quase achei que li "Peidômetro" e senti pena da esposa da criatura que ganharia o tal presente. Imaginei o cara pedindo que a mulher acrescentasse 5 kilos de repolho na lista de supermercado. Presente de mau gosto? Eu diria de mau cheiro. Mas ainda bem que existem pessoas para esclarecer esse tipo de desentendimento. O Vailati que veja só, tem lá sua ligação com gás, explicou que o Pedômetro serve, na verdade, para atletas, daqueles que andam engraçado de shortinhus como se estivessem apertados para ir no banheiro, medirem seus passos. Aí tudo fez sentido. Não sei se o produto vende bastante, mas tenho certeza que será bem aceito aos que possuem TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo. Porque deve ser duro ter que, toda vez que tiver que sair de casa, andar 527 passos pra frente, 321 passos para a esquerda e 812 para trás sem perder a conta, correndo o risco de ter a família inteira incendiada.

Wednesday, October 24, 2007

Chove chuva, chove sem parar. O dia inteiro parece uma tarde sem fim. Aquele povo andando de guarda-chuva com vareta capenga e estampas floridas de cores que não combinam. Sendo molhados de água suja por aquele bando de infeliz que desliza de propósito com o carro, de vidro fumê e ar condicionado, em uma poça, só pra mostrar que quem está sendo molhado é pobre. O pior são as pessoas que entram no ônibus e começam a fechar todas as janelas pra não molhar o banco ou cair água nos cabelos arrebentados do topo da cabeça. Talvez seja fobia, alimentada por um relacionamento mal sucedido e hipocondríaco do passado, mas chega a me dar despero começar a ver o vidro embaçar. Se alguém tossir, nesse processo de vaporização, então eu sinto o vírus se alastrar numa golfada pelo meu corpo e tenho certeza que estou com pneumonia. Odeio guarda-chuvas, odeio vidros fechados. Acho que esse blog deveria mudar de nome. "Irritando Tharcyla Garcia" talvez seja mais apropriado...

Tuesday, October 23, 2007

Se tem uma coisa que eu detesto, mas talvez não tanto quanto filas desalinhadas - a fila é reta, pô! - é gente lendo em metrô e ônibus. Não tô falando daquela uma sentada, lendo "O Segredo" com um pacote de biscoito sequilhos no colo enquanto espera chegar a estação Jabaquara. Tô falando daquele outro, em pé, apoiando o "Caçador de Pipas" no ferro do metrô ao mesmo tempo em que equilibra um fichário, um jornal, uma pasta de couro e um guarda-chuva e age como se o mundo não existisse ao seu redor. O metrô apertado, um entra e sai danado, e o cidadão ali, lendo tranquilamente como se a Enya cantasse ao seu ouvido enquanto gnomos do amor voam serelepes na asa de uma borboleta Papilio machaon. Tudo bem que a vida é corrida, o trânsito não pára (ou melhor, não anda) e talvez esse seja o único momento do dia em que você não terá absolutamente nada para fazer, com exceção dos vestibulentos japoneses concorrendo a uma vaga na USP que estão resolvendo problemas de aritmética até trepados de ponta cabeça no ferro do metrô. Mas mesmo assim, eu acho, além do absurdo de uma pessoa que quer se manter intacta lendo um livro no passa-aperta-estica-e-puxa-e-vai de um meio de transporte lotado, tudo uma grande fachada. Você por acaso já viu alguém lendo no meio da "buzunga" um livro entitulado "DST - Eu peguei. E agora?"? Ou ainda "Como ser feliz com suas duas personalidades e todas as outras mais que vierem pela frente"? Talvez aquele "1879,5 maneiras de levar sua secretária para cama sem ser processado" e o outro "Caçador de pombas", com uma capa que não tem nada relacionado com aves? Não. É sempre o livro "da moda", o lançamento do mês, como se alguém quisesse impressionar. Antes de comprovar a minha insanidade e dizer que tudo é uma conspiração, e isso é estratégia de marketing de agências que infiltram atores nos meios de transporte com os livros em mãos para nada além de divulgar, entre olhos atentos, o futuro top of the top das livrarias, vou relatar um recente acontecimento. Estava eu, sentada, claro, com minha recente aquisição em mãos. Compenetrada na leitura de meu "Memórias de minhas putas tristes", desviei, talvez por sentir o peso dos olhares, da página 27 para os olhos de uma senhora à minha frente. Ela não estava olhando para mim, e sim para a capa do livro, que muito diferente de prostituição, orgias e corpos desnudos, traz um simpático velhinho de costas, trajando roupas claras como se estivesse indo em direção a um novo plano espiritual. Talvez eu tenha flagrado no momento certo, talvez tenha sido a quarta vez que a senhora lia, incrédula, o título do livro. Mas pude acompanhar a metamorfose do rosto da velhinha, apertando os olhos, franzindo a testa e seguidamente arregalando os olhos e levantando as sobrancelhas a medida que eu podia ler, em seus lábios murchos, a pronúncia muda do título de meu livro. Fato é que todo mundo acha o máximo ler "O segredo", "Mulheres são de Vênus, homens são da putaqueopario" ou algum exemplar da prateleira de negócios e sucesso profissional. Porque não é possível. As pessoas só lêem isso? E o que é pior, só lêem isso de pé, no metrô e atrapalhando a circulação de outros? A minha vontade é de dar um tapão na "bunda" do livro, daquelas vontades que a gente tem quando passa um garçom com uma bandeja cheia de copos e garrafas.

Minha irritação com as pessoas que lêem por cima dos ombros de outras pessoas fica pra um próximo capítulo. E Paulo (o Bombonatti), você me deve um almoço.