Wednesday, May 21, 2008

Slot quer chocooo-laaa-teee...

O final de semana passado merecia um post.

Não entendi patavinas.

Acho a expressão "toda toda" a coisa mais ridícula que existe.

"Ela colocou o vestido vermelho e ficou toda-toda".

É com hífen?

Thursday, May 15, 2008

Toda manhã é o apocalypse now pra ir pro trabalho. Estação Paraíso - que, na minha humilde sugestão, deveria ser renomeada Estação Inferno - socada até os córneos, como diria meu sogro, e aquele bando de infeliz querendo entrar ao mesmo tempo, achando que é gincana do Mc Donald's. Ninguém entra, ninguém sai. Um mais sentimental acha que a cotovelada foi proposital e está armado o circo. Cada dia eu saio machucada em um lugar diferente. Uma cotovelada no peito direito, uma espetada nas costas com a fivela da bolsa, uma unhada no braço. Bom, pelo menos o povo é criativo. O problema é que o trem chega naquele estado, lotado, e os imbecis que já estão lindos e felizes lá dentro, insistem em permanecer na porta, observando as criaturas lá fora através do vidro, como se eles fossem uma experiência de mutação ou algo igualmente esquisito. A porta finalmente abre e salve-se quem puder. Com sorte, eu entrei, depois de uns 5 trens e muito empurra-empurra. Corri pro corredor e por lá fiquei. O trem começa a andar e escuto uma voz de mulher, a poucas cabeças atrás de mim, soltar um "Moço, pára de me acotovelar!". O moço, mostrando toda a sua educação, retribui com um "Cala a sua boca!", em alto e bom som. Pronto, pensei. A mulher era daquelas gordinhas esquentadas. Eu mesma sou uma dessas, mas ultimamente estou sem saco pra perder meu tempo com úlceras nervosas e remédios de tarja preta. Enfim, não só era gordinha como era também grávida. Talvez por ser gordinha não ficou tão evidente, mas, mesmo depois de anunciar a gestação pro vagão inteiro, quase em lágrimas, os dois continuaram a trocar elogios. Ela insistia em "Você me respeita, viu?!" e ele com o seu charmoso "Cala a boca!". Ouvi alguns "Seu viado!", "Pega um táxi!", e a discussão continuava calorosa. O povo, só faltou fazer pipoca. Eu já tava querendo esbofetear os dois. Um senhor cedeu o lugar pra grávida nervosa, depois de muita baixaria e alguns "Desce!!!!" da platéia emputecida. Ela estava extremamente nervosa e o moço simpático não ajudava, retribuindo cada frase dela com um "Cala a boca!", "Pega um táxi!", "Não enche!" e coisinhas mimosas. Aquilo foi me dando uma raiva tão perversa que eu me imaginei segurando o tal rapaz pelo cabelo e, gentilmente, arremessando a testa dele, repetidas vezes, contra o ferro do trem. A imagem evaporou e a grávida teve a brilhante sugestão de apertar o botão de emergência. A galera se revoltou e uma mulher mais afoita se manifestou, dizendo que não, que ela tinha que trabalhar e que os dois que descessem na próxima estação e resolvessem, sem envolver o resto do povo. Sim, foi um exagero a sugestão da mulher - e garanto que algum funcionário enfurecido do metrô iria fazer essa mulher parir - mas eu fiquei indignada com a falta de respeito com a mulher grávida. Será que eu tô louca? A coitada tá grávida, carregando uma bola de boliche pra cima e pra baixo, em um metrô apertado, com um filho da puta espetando as costas dela com o cotovelo, sem um cretino pra ceder o lugar nos bancos preferenciais e, de repente, ela que é a errada da história??? Tudo bem que ela estava um tanto quanto nervosa, hormônios enlouquecidos e tals, mas eu escutei a primeira frase da tal discussão e garanto que foi em tom razoável e sem ofensas. Aí vem um corno e, ao invés de falar "Foi sem querer", "Me empurraram" ou "Me desculpa", vem com um "Cala a sua boca!"? Ah não bicho... aí eu me meti. Lancei um "Moça! Senta ali no banco e vc (o corno) pára de dar trela, mêo! Que falta de respeito! A mulher tá grávida!". E os dois pararam. A mulher sentou e ficou lá choramingando, algum desconhecido consolando e o rapaz delicadíssimo, sei lá, sendo corno. Mas, pelo menos, agora era um corno manso.

Wednesday, May 07, 2008

Clube Glória (...a Deus que existe o álcool)



Quando um holandês se oferecer para fazer uma caipirinha, de pinga, muitaaaa cautela!

Tia é o caralho. Meu nome é Zé Pequeno.

Visualiza. Nove horas da manhã, um ônibus, desses double de viagem, infestado de pentelhos de, no máximo, 12 anos de idade. Todos, obviamente, com metade do corpo pra fora da janela. Cada janela comportando pelo menos umas 3 destas adoráveis criaturas. Uma excursão pro zoológico, museu, puteiro, sanatório, que seja. Eu estou ali, parada na calçada, esperando para atravessar a rua, com a minha habitual cara de quarta-feira. O ônibus passa e todos os gremlins, em comum acordo e aparente felicidade, resolvem gritar "Tiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiaaaaaaaaaaaaaaaaa!", sem esquecer do tchauzinho e sorrisos metálicos, direcionados para a devida idosa, que agora coloca a sua cara de "eu-preciso-de-um-vallium". Minha intenção era arrancar um paralelepípedo e arremessá-lo com todas as forças pra janela de qualquer um dos pestinhas. Como os paralelepípedos costumam ficar bem presos, dei um sorriso de chupei-limão e estranhamente retribuí o "elogio" com um aceno de um movimento só. Alguém tem um catálogo da Avon? De repente, tô precisando de um Renew anti-rugas...